“I believe every human has a finite number of heartbeats. I don’t intend to waste any of mine” N. Amstrong

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pequenos dilemas

Tomava o pequeno almoço com a T. e dava-lhe um sermão sobre a importância de ser mais relaxada com o trabalho. Que não valia a pena adormecer a pensar no artigo por escrever e acordar a pensar nas burocracias a tratar, no aluno para orientar ou no workshop a organizar. Que há vida depois das 19h. Que passamos horas suficientes no laboratório e que tudo se vai fazendo, com calminha.  A T. disse-me que eu a olhava com ar demasiado reprovador…como se estivesse a condenar aquele stress constante em que ela vive por causa do trabalho. Mas não, amiga. Não condeno. Olhar para ti com ar reprovador é olhar para o espelho. Dar-te sermões destes é falar em voz alta para mim mesma. É um exercício de mentalização. E comigo vai resultando…
Saio do trabalho e vou ao Ioga, leio livros, vejo séries e filmes, durmo muito, passeio-me por sites e blogs, faço tricô ou colares, ou então vagueio por um qualquer CC, e banho-me em futilidades, que às vezes também preciso. Gostava muito de fazer tudo isto e conseguir dar muito mais de mim no trabalho, não prescindir de nada. Gostava de não me arrepender por relaxar de mais ou por relaxar de menos. Gostava de fazer justiça ao capricorniano que a minha data de nascimento diz que eu sou e ser muito mais organizada e trabalhadora e ambiciosa, mas ainda assim, não perder pitada dos prazeres simples da vida aos quais me gosto tanto de entregar…
Pois é T., talvez eu me esforce mais do que tu para desligar quando entro a porta de casa…mas nem sempre me deito sem remorsos.  

  

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