“I believe every human has a finite number of heartbeats. I don’t intend to waste any of mine” N. Amstrong

domingo, 28 de novembro de 2010

Viajar...

é um bichinho que se apanha, que se mete no corpo e que de vez em quando dá umas crises.
Agora, agorinha mesmo, punha a mochila às costas, pegava na mão do R. e ía até à América do Sul :)
Pode ser que um dia destes....

(Imagem "roubada")

Delícias literárias

"- Sr. Vogel, se não estiver contente com o rumo das coisas-disse Isaac-, só tem de fazer uma coisa muito simples:juntar os dois pés, concentrar-se e dar um pequeno pulo na vertical. Quando os seus pés tocarem o chão outra vez, a realidade do chão, quando deixarem esse momento celeste que é o salto, quando tocarem o chão, dizia eu, provocará um pequeno tremor que abalará a direcção do universo. Se ia em determinado sentido, sentido que, por certo, não lhe agrada, basta pular para ver mudar o rumo. Mas porque o tremor é muito pequeno, os efeitos não se notam de imediato, no entanto, se pudesse olhar para o futuro, veria como foi diferente daquele futuro em que não pulou. A vida é feita destes saltinhos."
      ....
"- Vê-se logo que não percebe nada de destinos e coisas dessas. Já reparou que quando chama um gato (lembra-se do Luftwaffe, Sr. Vogel?), raramente ele corre para si em linha recta, mas faz uma parábola, uma curva? Os gatos sabem muito bem como atingir aquilo que desejam, são predadores exactos, eficazes, e fazem-no em arco, descrevem curvas no seu andar. É assim o nosso destino, fazemos curvas e parábolas para que ele se cumpra na perfeição. O redondo é a distância mais curta entre dois pontos. É preciso paciência (que é o nosso sentimento mais esférico)."
         .....

Delicio-me com estas ideias de Afonso Cruz em a A Boneca de Kokoschka.
Adoro um livro assim. Cada frase faz-me sorrir, como se estivesse a saborear uma guloseima.

  

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pequenos dilemas

Tomava o pequeno almoço com a T. e dava-lhe um sermão sobre a importância de ser mais relaxada com o trabalho. Que não valia a pena adormecer a pensar no artigo por escrever e acordar a pensar nas burocracias a tratar, no aluno para orientar ou no workshop a organizar. Que há vida depois das 19h. Que passamos horas suficientes no laboratório e que tudo se vai fazendo, com calminha.  A T. disse-me que eu a olhava com ar demasiado reprovador…como se estivesse a condenar aquele stress constante em que ela vive por causa do trabalho. Mas não, amiga. Não condeno. Olhar para ti com ar reprovador é olhar para o espelho. Dar-te sermões destes é falar em voz alta para mim mesma. É um exercício de mentalização. E comigo vai resultando…
Saio do trabalho e vou ao Ioga, leio livros, vejo séries e filmes, durmo muito, passeio-me por sites e blogs, faço tricô ou colares, ou então vagueio por um qualquer CC, e banho-me em futilidades, que às vezes também preciso. Gostava muito de fazer tudo isto e conseguir dar muito mais de mim no trabalho, não prescindir de nada. Gostava de não me arrepender por relaxar de mais ou por relaxar de menos. Gostava de fazer justiça ao capricorniano que a minha data de nascimento diz que eu sou e ser muito mais organizada e trabalhadora e ambiciosa, mas ainda assim, não perder pitada dos prazeres simples da vida aos quais me gosto tanto de entregar…
Pois é T., talvez eu me esforce mais do que tu para desligar quando entro a porta de casa…mas nem sempre me deito sem remorsos.  

  

domingo, 7 de novembro de 2010

One way...

or another?

NY, 2008
 

sábado, 6 de novembro de 2010

A primeira frase

Posso até pegar num livro, por conselho de um amigo, ou por ter lido algures uma crítica favorável, ou porque gosto da capa ou porque gosto do título, mas o que me faz realmente ler o livro é a primeira frase.
Adoro, ou não, primeiras frases. Se adoro, tenho a certeza de que o livro me vai prender, que vou passar umas belas horas na sua companhia, que vou deixar-me transportar para o seu universo. Se não adoro, adeus...volta à estante. Pode ser que mais tarde...
Esta semana peguei em três livros, mas foi a esta primeira frase que me rendi...


"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história."
                                                                                                        O Jogo do Anjo de Carlos Ruiz Zafón

À sexta, sabe bem um filme assim...

Divertido, descontraído, comovente. 
Sobre o amor, a família, os preconceitos, a sociedade,
a liberdade, a autenticidade, a coragem de ir atrás de um sonho ou a coragem de desistir dele.

De salientar uma excelente fotografia, uma boa representação e a banda sonora...deliciosa.
Impossível não sair do cinema a cantarolar...
 © Rai Cinema



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Chega de saudade


"Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim

Não quero mais esse negócio
De você longe de mim

Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim"


terça-feira, 2 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010