“I believe every human has a finite number of heartbeats. I don’t intend to waste any of mine” N. Amstrong

sábado, 17 de setembro de 2011

Estou ….que nem sei

Frustrada, revoltada, com o ego em frangalhos…mas principalmente sem esperança.
E como é que se vive com a falta de esperança? Como se sai da cama, se enfrenta um novo dia, se arranja forças para ir à luta e procurar novos caminhos, quando todo o esforço e trabalho de 12 anos…doutoramento, pós-doutoramento, artigos científicos, comunicações, aulas e cursos e orientações e tudo o que fiz, e pelo qual suei…não me vale hoje um chavo.
Vai-te embora ou vai servir cafés ou vender na feira ou vender o corpo ou atira-te de uma janela… é esta a mensagem deste país para mim.
Não tenho nada contra servir cafés ou vender na feira, mas se era para isso bem que podia ter começado mais cedo…e escusava de ter esforçado tanto os neurónios. Já vender o corpo ou atirar-me pela janela não fazem o meu género.
Ir embora…era já, pudesse eu levar comigo todas as pessoas de quem gosto, e sem a presença das quais não me imagino a  ser feliz. Quando penso no que poderia perder em termos pessoais...ficar por cá a servir cafés, até me parece bastante atractivo (o problema é que não tenho experiência na área e não sei se aceitam doutorados)!

2 comentários:

  1. É impressionante. Acho que estou a ter a crise da meia idade de cientista a meio do doutoramento, só de conviver com pessoal mais velho :/

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  2. Bom, não gosto nada de deixar os mais novos impressionados pela minha negatividade. Na verdade mesmo sabendo o que sei hoje, voltava a fazer tudo igual :)
    Continua com garra, mas vai pensando numa resposta para a eterna pergunta "Então e depois do pós-doc?".
    G.

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